Entrevista a Zé Pedro Monteiro
O Windurfista Zé Pedro Monteiro conta ao OLHAR DIREITO as actuais condições da modalidade em Portugal. Na entrevista ficamos a saber o percurso de um atleta que representou as cores nacionais nos Jogos Olímpicos de Los Angeles em 1984.
"As marcas investem mais no surf porque tem mais praticantes"
Quando começou a praticar Windsurf?
Comecei a fazer Windsurf quando tinha 15 anos. Na altura estava em Moçambique, mas quando cheguei a Portugal decidi experimentar. Estou ligado à modalidade em termos amadores e empresarial.
Por que razão não seguiu a carreira profissional?
Nunca foi uma opção para mim porque implicaria mudanças na minha vida, em particular sair para o estrangeiro. Em Portugal não havia espaço para ser profissional por falta de apoios. Dediquei-me ao desenvolvimento de projectos e dar aulas.
Neste momento as condições são as melhores?
O Windsurf não é um desporto que seja muito praticado. Necessita de treino e aprendizagem das várias variantes como o mar e o vento. Não havendo massa crítica torna-se mais complicado arranjar mais apoios e espaço nos meios de comunicação social. As marcas investem mais no surf porque tem mais praticantes.
Como se aumenta o número de praticantes?
Há uma série de programas relacionados com o Windsurf que deveriam ser feitos, sobretudo pela Federação Portuguesa de Vela que necessita de ter um departamento de prancha à vela.
Como correram os Jogos Olímpicos em 1984?
No plano desportivo não correu como gostaria porque tinha a expectativa de chegar ao Top-10, mas fiquei a meio da tabela. As condições não eram as melhores. Em relação à experiência de estar nos Jogos foi fantástica.
Qual o sítio onde mais gostou de fazer Windsurf?
Gosto muito de Carcavelos e do Guincho.
Ninguém deve praticar Windsurf sozinho?
Aconselho as pessoas a fazerem Windsurf com companhia ou tendo a praia vigiada.