Entrevista a Vera Fernandes

24-01-2018 17:15

A famosa Verinha Mágica revela quais foram as razões porque se apaixonou pela rádio desde jovem. Vera Fernandes conta alguns segredos que estão por detrás de uma carreira construída ao serviço das melhores rádios nacionais, bem como os bastidores de uma profissão que sobreviveu ao poder da televisão e ao crescimento das redes sociais. No final da entrevista, uma confissão sobre a personagem que interpretou durante vários anos.

 

"A magia da rádio consiste em juntar a conversa e a música de forma natural"

 

Como nasceu o gosto pela rádio?

Não se tratou de um sonho de criança, mas foi resultado de uma crise existencial. No 12º ano procurei ajuda para encontrar o melhor caminho profissional junto de uma psicóloga. Nesse momento, decidi que pretendia ser jornalista.

Qual é o aspecto que torna o trabalho apaixonante?

Na rádio consigo reunir o gosto pela música e o facto de falar muito, além de trabalhar com grandes profissionais.

Quais foram as principais dificuldades?

A transição de 2016 para o ano passado foi muito exigente porque trabalhei em quatro rádios diferentes no espaço de um ano. Tive que me adaptar a um novo local de trabalho.

Quais são as características essenciais para ser um bom profissional?

É importante ter uma voz agradável, mas também algum conteúdo e carisma. A boa disposição e simpatia são igualmente fundamentais.

Durante as emissões, costuma pensar que está a falar sem ninguém a ouvir?

Há sempre uma pessoa que nos está a ouvir nem que seja às duas da madrugada.

O que diferencia a rádio da televisão?

A magia da rádio consiste em juntar a conversa e a música de forma natural.

De que forma a rádio se adaptou à evolução da tecnologia no sector?

Temos de produzir conteúdos para as plataformas digitais. As redes sociais permitiram ao público conhecerem os rostos das vozes que ouvem diariamente. 

Tem saudades da Verinha Mágica?

Em determinada altura percebi que não pretendia mais a personagem na minha vida porque se tratava de um trabalho exigente, em que tinha de encontrar pessoas que se adaptassem ao meu humor. A existência da Verinha Mágica só fez sentido naquele momento e numa rádio jovem.