Entrevista a Stefanie Pullin
A artista da Guatemala, Stefanie Pullin, escolheu Portugal para desenvolver as actividades favoritas como a pintura e a escultura. Numa conversa com o OLHAR DIREITO confidenciou quais são os locais em Lisboa que lhe servem de inspiração para retratar a natureza e o meio ambiente.
"As minhas obras têm expressões figurativas de temas orgânicos, com uma ligação forte à natureza"
Como nasceu o gosto pela pintura?
Nasceu por causa da minha mãe e avó. As duas tinham o gosto pela pintura e andei sempre com um lápis na mão desde pequena.
Qual é o teu estilo?
Tenho experimentado várias técnicas dentro da pintura e da escultura. Gosto mais da primeira porque permite resultados mais espontâneos e imediatos. Ultimamente tenho feito vários trabalhos a partir de colagens.
Qual a mensagem que pretendes transmitir?
Não tenho uma mensagem específica, mas as minhas obras têm expressões figurativas de temas orgânicos, com uma ligação forte à natureza. Tento transmitir uma viagem introspectiva através da ideia da união entre o instinto e a razão.
De onde vem a inspiração?
Vem a partir de experiencias próprias, estudos fotográficos, leitura, diários gráficos e visitas a exposições.
Em que locais realizaste exposições?
Realizei uma exposição individual em 2011; uma colectiva no ano passado com a Patrícia Pires de Lima; uma no Centro de Arte Contemporânea de Málaga e este ano e vou participar numa exposição no Museu Nacional de Arte Moderna na Guatemala. Neste momento estou a planear fazer a minha próxima exposição individual. Gostava passar a expor em cidades como Paris, Berlim, Londres, entre outras.
Como analisas o mercado cultural em Portugal?
O mercado em Portugal está ligado às antiguidades do que à arte contemporânea. A maioria das pessoas que investem em arte optam pelos nomes já conceituados e poucas estão dispostas a arriscar no potencial de artistas novos, o que torna muito difícil ter uma carreira artística sustentável. No entanto, Portugal tem grandes projectos relevantes a nível internacional, e estão a surgir muitas iniciativas que podem vir a tornar Lisboa numa das capitais europeias da cultura.
Lisboa é um bom lugar para ter inspiração?
É uma cidade com possibilidade de contacto com a natureza, praia e campo. Oferece uma boa qualidade de vida; a simpatía das pessoas, a gastronomia e o clima são algumas das principais razões.
Quais são os teus locais favoritos?
Jardins de Lisboa, como o da Estrela, o Jardim Botânico e Sintra, são lugares que me têm inspirado.
Qual o teu artista preferido?
Gosto muito do Wilfredo Lam, Cristina Iglesias, Egon Schiele, entre outros.
O talento é a única forma de alcançar o sucesso?
O talento sem trabalho não vale nada, o mais importante é ter paixão naquilo que fazemos. Pablo Picasso dizia “A inspiração existe, mas tem de te encontrar a trabalhar