Entrevista a Paulo Oliveira
Uma entrevista divertida com o Paulo Oliveira sobre o humor em Portugal. Na conversa ficamos a saber que os portugueses são pessoas alegres, mas é necessário muito trabalho para fazer rir o público, sobretudo em Lisboa.
"os portugueses são fáceis de rir, desde que a piada seja boa"
Quando descobriste a vocação para fazer rir os outros?
Não sei como apareceu, mas em 2003 comecei a dar passos profissionalmente. Após ter feito guiões para o “Cabaret da Coxa” produzi o primeiro espectáculo de Stand-Up Comedy. Em 2009 criei a Bang Produções. Neste momento, faço mais comédia de improviso do que Stand-Up.
Quais são as principais características do humorista?
O humor não é uma qualidade inata. As principais qualidades são a inteligência, consciência e a estupidez natural. A inteligência é a capacidade de prever, antecipar. Através da segunda característica conseguimos perceber, de forma exterior, o que faz rir o público. Nem todos se apercebem da relação causa-efeito humor. Por fim, na estupidez natural não podemos ter medo de nos expor.
Qual a melhor forma de reagir quando não se tem piada?
Quando isso acontece em palco, a atitude mais inteligente é passar ao próximo número em vez de se continuar com a piada.
Como avalias o público português?
Os portugueses são fáceis de fazer rir, desde que a piada seja boa. O público em Lisboa é mais frio que no Porto. Nas empresas o ambiente nem sempre é o mais favorável.
Qual foi a situação mais complicada que tiveste em palco?
Tive situações difíceis em que o ambiente é mais complicado, mas nunca tive de pedir para rirem das minhas piadas.
O sítio que gostaste mais de actuar?
No nosso país não há um circuito estabelecido para Stand-Up Comedy. No entanto, gosto do Teatro Villaret.
Rir é o melhor remédio para os problemas?
Precisamos de rir em todos os momentos da nossa vida.