Entrevista a Patrícia Resende
A actriz fala sobre a carreira nos palcos portugueses, em particular no teatro, mas também na televisão. Patrícia Resende explica as diferenças entre representar no palco e no grande ecrã, assumindo que prefere interpretar personagens com características diferentes da sua personalidade.
"Os papéis que não têm nada a ver connosco são mais fáceis de criar"
Quais são as tuas grandes paixões?
Sempre gostei de fazer teatro e televisão. As minhas primeiras experiências profissionais na televisão foram no Médico de Família e no Ajuste de Contas. No teatro aconteceu no musical “Amália”.
Quais são as principais diferenças entre interpretar no teatro e na televisão?
No teatro existe uma energia com o público e uma vontade em melhorar as personagens, enquanto na televisão podemos fazer cenas diferentes.
Quais são as personagens que gostaste mais de interpretar?
Gosto de fazer papéis diferentes. Os meus actores de referência são a Meryl Streep e o Sean Penn por causa da diversidade. Procuro ir ao pormenor em cada personagem para descobrir coisas diferentes em mim. Na peça “Meu pé de Laranja Lima”, interpretei uma criança de cinco anos que falava brasileiro, tendo sido uma experiência muito interessante porque as pessoas acreditaram na autenticidade. Os papéis que não têm nada a ver connosco são mais fáceis de criar. Prefiro interpretar personagens que sejam diferentes de mim.
Tiveste alguma participação em cinema?
Foi uma experiência positiva, embora tendo uma rotina diferente, mais calma que o teatro e a televisão.
O teatro em Portugal precisa de ser apoiado?
Em Portugal existem companhias maravilhosas onde se fazem espectáculos com qualidade artística elevada, mas sem apoios.