Entrevista a José Pavia
A apresentação do livro "A segurança marítima no Golfo da Guiné, a segurança energética da Europa e o papel potencial da NATO e Portugal", da autoria do professor José Francisco Lynce Zagallo Pavia, na Feira do Livro de Lisboa, foi o motivo para uma conversa sobre as prioridades da aliança atlântica na Europa, bem como a importância de Portugal na segurança marítima e as oportunidades económicas que o mar pode dar ao pais.
"Os países do leste e dos bálticos estão atentos às movimentações de Moscovo"
Quais são as vantagens de Portugal pertencer à NATO?
Portugal pertence a uma aliança democrática, de cariz marítimo que comunga dos valores do Estado português.
Neste momento, quais são as principais preocupações da NATO em relação à segurança mundial?
Na cimeira de Varsóvia vão ser debatidas duas visões. A primeira diz respeito ao flanco leste com as ameaças das Rússia. A segunda está relacionada com o flanco sul e abrange países como Portugal, Espanha e Grécia.
Na sua opinião, a ameaça russa ainda é real?
Os ucranianos sofreram na pele porque ficaram sem parte do território. Os países do leste e dos bálticos estão atentos às movimentações de Moscovo. A diplomacia tem sido tentada, mas o presidente russo prefere o uso da força.
O nosso país pode ajudar à segurança no Golfo da Guiné?
Portugal tem chamado à atenção dos países da NATO para a situação no Golfo da Guiné. Podemos ser um produtor de segurança marítima naquela zona e noutras.
Qual o papel do mar no desenvolvimento do país?
O mar pode ser aproveitado para desenvolver a área económica, turística e ambiental. Tem sido um bom esforço para construir uma economia marítimo, mas os portos deveriam ser mais desenvolvidos.
Que projectos tem para o futuro?
A partir de agora rie trabalhar sobre o flanco sul da NATO e o papel da Turquia no Médio-Oriente e na Europa.