Entrevista a João Garcia
O alpinista concede uma curta entrevista sobre os prazeres de um desporto que muitos consideram um risco. Contudo, João Garcia não tem medo dos desafios como aconteceu na mítica subida ao Monte Evereste. Neste momento, a prioridade passa por ajudar outras pessoas que têm os mesmos sonhos, mas nunca se sabe se volta a subir acima dos 8 mil metros
"O cume da montanha é a metade da prova, um mero ponto de retorno"
Encara o alpinismo como um risco ou um prazer?
Ambas as coisas porque é um prazer onde existem alguns riscos calculados.
A preparação para os desafios é mais mental do que técnica?
Treinamos o corpo, as técnicas e o resultado é ganhar autoconfiança.
Os livros que publica são uma forma de motivar as pessoas para o alpinismo?
É uma partilha e ajuda os leitores a se inspirarem para "vencerem os seus Everestes", sejam montanhas ou apenas dificuldades da vida.
O que sentiu quando chegou ao topo do Evereste?
Muito cansaço. O cume de uma montanha é a metade da prova, um mero ponto de retorno! A nossa meta é regressarmos ao acampamento base em segurança.
Quais são os próximos objectivos?
Neste momento não tenho planos para continuar a subir cumes com mais de 8 mil metros. Os meus objectivos actualmente passam por ajudar outras pessoas a subirem e descerem em segurança e tornar-me cada vez melhor guia de montanha.
Os portugueses são pouco aventureiros?
A sociedade portuguesa procura segurança e liberdade, só que para termos mais de uma coisa, é preciso abdicar da outra e vice-versa. Os alpinistas conseguem gerir melhor a liberdade e segurança.