Entrevista a Catarina Camacho
A apresentadora leva o OLHAR DIREITO a viajar rapidamente por uma carreira intensa e com vários pontos de interesse, nomeadamente no "Aqui Portugal", onde ganhou uma importância pela forma como consegue transmitir uma mensagem de alegria e simpatia. Apesar de aprender sempre com todas as experiências, Catarina Camacho confessa que gostaria de apresentar um programa com conversas sérias e descontraídas.
"Ainda não apareceu o programa que encaixa nas minhas características de apresentadora"
Como nasceu o gosto por trabalhar em televisão?
No princípio nunca me imaginei a trabalhar em televisão, mas ao longo de várias fases consegui evoluir bastante. Na fase dos castings, cativou-me o convívio e o trabalho de improviso que era pedido. Mais tarde, fui selecionada para fazer parte da família RTP, tendo sido um momento inesquecível, mas vivido sempre de forma serena e pouco deslumbrada. No entanto, o bichinho da adrenalina surgiu no curso de formação para apresentadores. Apesar das experiências anteriores, tudo começou de forma mais séria e ininterrupta com a apresentação do "Só Visto", juntamente com o Daniel Oliveira.
Ser apresentadora foi a primeira opção?
Nunca soube bem o que queria ser, pelo que, a apresentação acaba por me preencher nesse sentido.
Que tipo de poder sobre as pessoas tiveram os programas que já apresentaste?
Encaro o meu trabalho como uma actividade semelhante à de animadora ou assistente social, que tem de representar vários papéis ao mesmo tempo. Devemos ter a consciência de que somos a companhia de pessoas que vivem praticamente sozinhas. A televisão tem um poder e impacto tremendo na vida social porque formata, influencia, mas também ajuda.
Em que programa notaste mais essa influência?
No "Aqui Portugal" porque possibilita a oportunidade de melhorar a vidas das pessoas com o passatempo "Prémio cartão", além de mostrar as tradições, os artistas, os empreendedores e as histórias de vida do nosso maravilhoso país.
Qual o programa que deu mais prazer de realizar?
No "Só Visto" aprendi bastante, mas também era exigente. Naquela altura todos tinhamos garra, vontade de fazer melhor e havia um espírito de equipa fantástico.
Em que altura as expectativas não se concretizaram?
Não fico feliz sempre que algo acontece contra o que está delineado. Gosto de trabalhar com brio e de sentir que todos os elementos da equipa remam para o mesmo lado. Tenho pouca disponibilidade para os erros e a displicência.
Que tipo de programa ainda sonhas apresentar?
Ainda não apareceu o formato que encaixa nas minhas características, mas gosto de conversas sérias e descontraídas, de brincar e desafiar os outros.
Os portugueses são muito dependentes da televisão?
O público jovem está a afastar-se cada vez mais da televisão "convencional".