Entrevista a Jaqueline Silva

28-12-2017 12:01

 

A empresária oferece um testemunho sobre o trajecto que a tornou capaz de desenvolver projectos como o  "One Million Women Entrepreneurs". Jaqueline Silva experimentou todo o tipo de situações profissionais até se considerar uma empreendedora. Na entrevista também se percebe que os europeus precisam de aprender bastante com os norte-americanos, sobretudo na vontade de trabalhar por conta própria. No entanto, confirma que em Portugal já existem opções para aqueles que gostavam de ter mais oportunidades.

 

"Sempre tive vontade de concretizar os meus projectos"

 

Como nasceu o gosto pelo empreendedorismo?

Sempre tive vontade de concretizar os meus projectos. Na altura em que trabalhava numa multinacional abri a minha primeira empresa de eventos com 25 anos. Mais tarde, durante o período em que estive desempregada, decidi que não pretendia voltar ao mundo corporativo, pelo que, iniciei um projecto na área da restauração.

Qual é o projecto em que está a trabalhar?

Neste momento estou a efectuar uma tese de doutoramento na área do empreendedorismo feminino, além de ter vários projectos online. Um dos objectivos da investigação científica passa por encontrar 1 milhão de mulheres empreendedoras a nível mundial.

Quais são as principais diferenças relativamente ao empreendedorismo norte-americano e europeu?

Na Europa já existe mais acesso a capital, mas as networks são mais rápidas e funcionam melhor nos Estados Unidos porque em solo europeu as barreiras culturais e linguísticas são maiores.

Os norte-americanos são mesmo empreendedores?

Nos Estados Unidos o espírtio empreendedor nas pessoas nasce muito cedo. Em Portugal, a maior parte das pessoas prefere tirar um curso e trabalhar por conta de outrem, embora nos últimos anos existam pequenas mudanças. O formato universitário também acentua as diferenças entre as duas realidades. Os americanos não têm aversão ao risco.

O que está a mudar em Portugal?

Existem cadeiras universitárias relacionadas com o empreendedorismo e workshops. As organizações também estão a promover mudanças e os turistas podem abrir negócios no país.

Quais são os principais entraves?

Ainda há muitos problemas burocráticos e os impostos não são favoráveis.

O que gosta mais na área do empreendedorismo?

A pessoa tem liberdade para ser criativa e alcançar os objectivos através do desenvolvimento tecnológico. O empenho também é essencial para ultrapassar todas as dificuldades.