Entrevista a Diana Bouça-Nova

21-03-2016 10:32

A jornalista Diana Bouça-Nova fala sobre a experiência que adquiriu ao longo dos anos ao OLHAR DIREITO.

 

"O que mais me fascina é fazer Televisão para as pessoas"

 

Como te tornaste jornalista?

O gosto nasceu porque sempre adorei escrever. Gostava de fazer composições, criar histórias, e da partilha por palavras. Depois surgiu o prazer em contar histórias, em comunicar. Quando era miúda chamavam-me rádio porque relatava tudo, cantava e comunicava. Faz parte de mim. O jornalismo surge quando percebo que esta é a melhor maneira de fazer tudo o que gosto.

Qual foi o momento que te marcou mais enquanto jornalista?

Há vários. No início, chegar à TSF foi maravilhoso. Aprender tudo com os melhores, ver a notícia a acontecer. Trabalhei numa rádio local e aí foi muito bom também porque fiz parte de todo o processo desde o início. Na RTP já tive também momentos muito importantes. Quando me emociono com as histórias sinto que vale a pena ser jornalista.

 Qual o projecto que gostaste mais de participar?

Nunca consigo eleger apenas um porque foram vários. Não gosto de viver no passado. Prefiro olhar para o que falta fazer.

Quais são as diferenças entre o jornalismo de informação e o entretenimento?

Algumas. Tudo é comunicar. A forma é que difere. O registo é mais formal na informação. Como já trabalhei em ambos, posso dizer que o que mais me fascina é fazer Televisão para as pessoas. É para elas que trabalho e não para o meu ego.

O que preferes?

A minha "praia" é o jornalismo. Sou mais feliz a fazer isto. Sinto-me mais completa. E que posso fazer muito mais. Crescer mais.

O entretenimento em Portugal tem vindo a perder qualidade?

Infelizmente, eu diria que sim. Já produzimos tanta coisa boa. Somos capazes de tanto e ficamos pela mediocridade, por aquilo que supostamente dá audiências. É uma pena. Há público para tudo. Digo isto muitas vezes e é verdade. Falta um programa de crítica à atualidade mas de uma forma divertida, como era a “Noite da Má Língua”. Não há coragem hoje em dia.

Qual o aspecto mais importante que aprendeste na SIC e na RTP?

Na SIC aprendi a fazer televisão. Na RTP espero crescer. Fazer televisão é saber trabalhar em equipa. É saber que estás a comunicar lá para casa. E tentar fazer sempre da melhor forma possível. Isso, para mim, é o mais importante.