Entrevista a Clo Bougard

20-11-2017 20:32

A artista portuguesa, Clo Bougard, revela as principais características do trabalho como escultora e pintora. Nesta conversa com perguntas e respostas sintéticas, aborda a temática da ligação das artes a um sector da população mais adulta e com capacidade financeira, embora as redes sociais tenham provocado uma mudança.

 

"As redes sociais estão a permitir que a arte não esteja apenas ao alcance das elites"

 

Como nasceu o interesse pelas artes?

Desde cedo demonstrei interesse pela área por causa das referências na família. Iniciei-me na pintura e depois apostei na escultura. A decisão demorou alguns anos porque não é fácil entrar nesta área.

Qual é a mensagem que pretende transmitir nos trabalhos?

Procuro perceber o que se passa na sociedade que me rodeia. Um testemunho do que está a acontecer no presente de forma emocional.

Quais são os principais objectivos?

Gostava de realizar uma exposição num museu importante na Europa ou numa feira internacional de arte porque há países onde o público tem mais interesse pela cultura, nomeadamente em Inglaterra, Itália e Dinamarca.

Quais são os artistas de que gosta mais?

A minha referência internacional é o Marc Rothko, já que, transmite uma energia e mensagem de tranquilidade através do abstracto. Em Portugal gosto do Julião Sarmento

Ainda existe um público selecionado?

A maior parte das pessoas só começa a gostar de arte numa fase de maturidade, entre os 50 e 60. Aqueles que entram no mundo da arte procuram outro patamar espiritual.

O que é necessário mudar?

É preciso mais trabalho na área do marketing.

O público jovem também já se interessa por arte?

As redes sociais estão a permitir que a arte não esteja apenas ao alcance das elites.